Quando você acessa um site institucional, um aplicativo, uma loja virtual ou qualquer plataforma digital que exige um tipo de cadastro, as suas informações pessoais passa por uma coleta. E é por esse motivo que é tão comum ver páginas de política de privacidade, que basicamente, são documentos que informam o modo como os dados dos usuários serão tratados.
Além disso, a criação de uma política de privacidade é essencial para dar mais credibilidade à empresa e aumentar a confiança dos usuários.
Se você quer saber mais sobre o assunto, continue a leitura!
O que é uma política de privacidade?
A política de privacidade é uma mensagem que informa os visitantes quais os principais direitos dele, os dados que serão recolhidos, processados, entre outros.
Ou seja, ela esclarece as práticas de segurança e de privacidade adotadas por uma plataforma digital.
Ao visitar uma página virtual, você deixará alguns de seus dados de navegação, como por exemplo, a sua localização e interação no site.
Dessa forma, o administrador irá coletar informações sobre você e, assim, entender mais o seu comportamento nas páginas do site dele ou da empresa.
Qual a relação da política de privacidade com a LGPD?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trata justamente sobre isso: proteção e privacidade de dados.
Atualmente, em caso de vazamento de informações confidenciais dos usuários, as empresas poderão ser responsabilizadas.
E com a LGPD, vieram ainda mais mudanças. Ou seja, as organizações que não estiverem atentas às novas regras terão problemas.
Como criar uma política de privacidade e proteger os dados dos usuários?
Agora que você já entendeu o conceito e sabe o quão importante é proteger os dados dos usuários, está na hora de saber como criar uma política de privacidade eficiente e confiável. Veja só:
1. Reúna informações sobre o seu negócio e os dados utilizados
Antes de qualquer coisa, será preciso reunir informações detalhadas e específicas, já que é necessário explicar com muita clareza as principais práticas comerciais.
Segue algumas informações que podemos levantar durante essa etapa:
- Modelo do negócio;
- Informações dos visitantes que serão coletadas;
- Como as informações serão coletadas;
- Como proteger as informações coletadas.
Obviamente, também é necessário levar em conta as legislações pertinentes, como a LGPD e o GDPR.
2. Deixe bem claro qual a finalidade dos dados
Os usuários precisam saber exatamente o que será feito com os dados deles.
Se você pretende repassar os dados para terceiros, é preciso falar sobre isso abertamente no documento. Ou seja, os usuários devem ter acesso à essa informação.
Exemplo: se a organização coleta dados para envio de mensagens por e-mail, insira essa informação no documento.
Além disso, informe a periodicidade do envio de mensagens.
3. Respeite a legislação da área em que você atua
Antes de qualquer coisa, é importante entender mais sobre o Código de Defesa do Consumidor, Marco Civil da Internet e outras legislações que regulam o setor em que você atua.
4. Colete apenas as informações necessárias
Se você quer coletar informações dos usuários para enviar newsletters ou promoções, será que é necessário ter informações como o CPF e número de RG? Certamente não.
Aliás, o Marco Civil da Internet deixa bem claro que não faz o menor sentido exigir informações que não são necessárias.
Ao coletar apenas os dados realmente importantes, como nome e e-mail, por exemplo, você protege a sua empresa e também o usuário.
Afinal, em casos de vazamento de dados, a dor de cabeça poderá ser muito maior se dados extremamente confidenciais forem hackeados por criminosos virtuais.
5. Simplifique a linguagem do documento de Política de Privacidade
Ao criar esse documento, você deve ser extremamente claro e objetivo. O consumidor precisa entender em poucas palavras, o motivo pelo qual a empresa quer coletar os dados.
Portanto, simplifique a linguagem o máximo possível.
Nesse caso, a comunicação deve ser extremamente democrática, ou seja, acessível para todos.
Os termos mais técnicos até podem dar uma impressão mais profissional e séria para a empresa. Porém, o problema é que ao redigir um documento com uma linguagem mais complexa, os usuários terão dificuldade em entender o que você quis dizer.
Consequentemente, eles terão mais dúvidas e não vão se sentir tão seguros em compartilhar informações.
Seja claro, simples e objetivo. Contudo, não se esqueça de detalhar bem as informações.
6. Não se esqueça do consentimento do titular dos dados
Essa é uma das partes mais importantes.
Segundo a LGPD, o consentimento do titular dos dados é fundamental. Sem a autorização dele, você não pode coletar nenhum tipo de informação.
Em suma, é a partir do consentimento que o usuário autoriza o tratamento de dados, que basicamente, é o processo de coleta e armazenamento das informações.
7. Atualize o documento com frequência
Você já sabe o quanto a LGPD é importante e que é essa lei que deve orientar o processo de criação de um documento de política de privacidade.
Mas não adianta apenas criar o documento e deixá-lo lá, parado e desatualizado por anos.
É necessário ficar por dentro das mudanças que podem ocorrer em virtude de novas leis ou processos internos.
Além disso, se houver alterações no seu conteúdo, informe o usuário. No final do documento, coloque a data da última atualização. Assim, todos saberão se o documento é atual ou não.
Conclusão
A sua política de privacidade de dados deve ser tratada com muita seriedade!
Mas com esses passos, ficará muito mais fácil realizar esse processo, que te ajudará a criar uma relação de confiança com o consumidor e, obviamente, uma estratégia de proteção de dados mais eficiente!
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