Gerenciamento de Vulnerabilidades

18 de maio de 2022
Adriano Martins Antonio

Todos os anos, descobrem-se milhares de novas vulnerabilidades, o que exige correções dos sistemas operacionais e aplicativos por parte das empresas, reconfigurando as configurações de segurança em todo o ambiente da rede.

Para abordar as vulnerabilidades proativamente, antes que as usem para um ataque cibernético, as empresas (pelo menos aquelas que levam a sério a segurança do ambiente), realizam o gerenciamento de vulnerabilidades para fornecer os mais altos níveis de postura de segurança possíveis.

O que é Gerenciamento de Vulnerabilidades?

Primeiramente, podemos definir o Gerenciamento de Vulnerabilidades como o processo de identificar, categorizar, priorizar e resolver as vulnerabilidades em sistemas operacionais, aplicativos corporativos, navegadores e aplicativos de usuário final.

De toda forma, esse é um processo contínuo onde tal gerenciamento busca identificar continuamente vulnerabilidades que se podem corrigir por meio de patches e novas resoluções nas configurações de segurança.

Então, entende-se que esse processo faz a identificação, avaliação, relato, gerenciamento e remediação de vulnerabilidades cibernéticas em endpoints, cargas de trabalho e sistemas.

Em geral, uma equipe de segurança aproveita uma ferramenta de gerenciamento de vulnerabilidades para detectar vulnerabilidades e utilizar diferentes processos para corrigi-las ou resolvê-las.

Um forte programa de gerenciamento de vulnerabilidades usa inteligência de ameaças e conhecimento de TI e operações de negócios para priorizar riscos e lidar com vulnerabilidades o mais rápido possível.

Diferenças entre vulnerabilidade, risco e ameaça

Antes de mais nada, é importante destacar que vulnerabilidade, risco e ameaça são conceitos diferentes.

Nesse caso, uma vulnerabilidade é uma fraqueza de um ativo, ou grupo de ativos, que pode ser alvo para uma ou mais ameaças.

Por sua vez, uma ameaça é algo que pode explorar uma vulnerabilidade.

Já um risco é o que acontece quando uma ameaça explora uma vulnerabilidade, ou seja, é o dano que pode ser causado pela vulnerabilidade aberta sendo explorada por uma ameaça.

Por isso, é muito importante saber lidar com ameaças, já que os maus atores procuram tirar proveito das vulnerabilidades descobertas na tentativa de infectar uma estação de trabalho ou servidor. 

O gerenciamento de ameaças é um processo reativo em que a ameaça deve estar ativamente presente. Considerando que o gerenciamento de vulnerabilidades é proativo, deve-se buscar fechar as brechas de segurança que existem antes de serem aproveitadas.

Leia sobre: Por que todo mundo precisa estudar Segurança de TI.

Processo de gerenciamento de vulnerabilidades

Enfim, cada nova vulnerabilidade apresenta riscos para a organização.

Portanto, define-se um processo de gerenciamento de vulnerabilidades para fornecer às organizações uma maneira de identificar e lidar com vulnerabilidades de maneira rápida e contínua.

Em alto nível, existem 6 processos dentro do gerenciamento de vulnerabilidades e cada um deles possui seus próprios subprocessos e tarefas. Veja quais são:

  • Descoberta: uma empresa não pode proteger o que não conhece por isso é fundamental fazer um inventário de todos os ativos no ambiente, identificando detalhes, incluindo sistema operacional, serviços, aplicativos e configurações para identificar as vulnerabilidades.

Esse processo deve ser feito regularmente em uma programação automatizada.

  • Priorização: é preciso categorizar os ativos expostos em grupos e atribuir a eles uma priorização baseada em risco com base na criticidade para a organização.
  • Avaliação: o terceiro processo é estabelecer uma linha de base de risco para seu ponto de referência à medida que as vulnerabilidades são corrigidas e o risco é eliminado.

Nesse caso, as avaliações fornecem uma linha de base contínua ao longo do tempo.

  • Remediação: é preciso corrigir as vulnerabilidades com base na priorização de risco. Os controles devem estar em vigor, para que se possa concluir a correção com sucesso, documentando esse progresso.
  • Verificação: deve-se realizar a validação da correção por meio de verificações adicionais e/ou relatórios de TI.
  • Relatório: por último, a TI, os executivos e o C-suite precisam entender o estado atual do risco em torno das vulnerabilidades.

 

Para um bom gerenciamento de vulnerabilidades…

A TI precisa de relatórios táticos sobre vulnerabilidades identificadas e corrigidas. Os executivos precisam de um resumo do estado atual da vulnerabilidade. E o C-suite precisa de algo de alto nível, como pontuações de risco simples em todas as partes do negócio.

Os programas fortes de gerenciamento de vulnerabilidades veem cada processo (e subprocessos) como um ciclo de vida contínuo, que se projeta para ajudar a melhorar a segurança e reduzir o risco organizacional no ambiente de rede.

Entenda sobre a Segurança Cibernética na Cultura Organizacional aqui.

Conclusão

Em resumo, o Gerenciamento de Vulnerabilidades é muito mais do que corrigi-las. É importante observar que não é somente a aplicação de patches e reconfigurar as configurações inseguras.

Então, é preciso encarar esse processo como uma prática, cuja disciplina requer uma mentalidade organizacional dentro da TI de que sempre se pode encontrar novas vulnerabilidades, todos os dias, exigindo a necessidade de exploração, detecção e correção contínuas.

Existem muitas soluções para simplificar e automatizar o processo de gerenciamento de vulnerabilidades. Alguns se concentram apenas na avaliação delas, outros na verificação, enquanto outras organizações focam em uma cobertura abrangente de todo esse gerenciamento.

Como está sendo aplicado o processo de Gerenciamento de Vulnerabilidades em sua empresa? Ficou com alguma dúvida? Deixe nos comentários e aproveite para ler os outros textos do blog.

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