A Governança da Tecnologia da Informação possui inúmeros objetivos, como alcançar vantagens competitivas, atingir os resultados de negócio desejados, além de otimizar e melhorar os processos de negócio.
Praticar governança de TI é complexo, pois envolve pessoas, competências, processos, informação, conhecimento, mecanismos de comunicação e controle, comportamentos, estruturas organizacionais, e muito mais.
Portanto, há um conjunto volumoso de informações e, combinado com pressões externas, a parte gerencial e de direcionamento se torna ainda mais difícil.
Para aplicar e garantir uma governança de TI adequada, a avaliação de capacidade se torna uma possibilidade, sendo ela baseada no COBIT 5.
Logo, entenda aqui sobre esse assunto para futura aplicação em sua organização comparando com as diferenças com o COBIT 4.1.
Governança de TI e COBIT 5
Primeiramente, vamos entender o que é Governança de TI de acordo com o COBIT 5.
A governança procura assegurar que as condições, as necessidades e as opções das partes interessadas são analisadas para estabelecer objetivos equilibrados e acordados a serem alcançados, determinando direção por meio de priorização e tomada de decisão.
Além disso, ela também assegura a conformidade do direcionamento e o monitoramento dos objetivos estabelecidos.
De toda forma, precisamos ter em mente que podemos (e também devemos) aplicar governança em várias áreas da organização. Seja qual for o caso, o foco é direcionar e prestar contas.
Para a área de TI, é claro, cabe executar e planejar a gestão de TI alinhando-a aos direcionamentos recebidos. A TI não deve ser direcionada por si mesma. A Governança de TI, quando estabelecida e bem executada, entrega valor, alinhamento de expectativas e objetivos.
Na versão mais recente do COBIT 5, certas mudanças aconteceram, especialmente na questão de aumentar o foco no uso corporativo do framework, ressaltando o papel essencial da diretoria ou da alta administração nas tomadas de decisão sobre a TI.
Avaliação de capacidade de processos
A questão do modelo de capacidade de processos no COBIT 5 é um tópico relevante e que tem deixado muitos iniciantes em Governança de TI em dúvida sobre a forma de uso dessa ferramenta gerencial e de seus conceitos.
Dentro do COBIT 5, o modelo de capacidade de processos – também conhecido como avaliação de capacidade (ou avaliação de maturidade) substitui o modelo proposto na versão 4.1 do COBIT.
Assim, pelo COBIT 5, há a abordagem e desenvolvimento de um novo modelo para a avaliação de capacidade dos processos de Tecnologia de Informação com base na norma ISO/IEC 15504.
Dessa forma, a ideia é alcançar os mesmos objetivos gerais de avaliação do processo e suporte à melhoria.
Já no COBIT 4.1, o foco é medir o nível de maturidade atual dos processos relacionados à TI para podermos determinar o nível de maturidade desejado. Sendo assim capaz de definir a lacuna entre eles e poder melhorar esse ponto.
Nesse caso, alguns componentes são necessários para usar a avaliação de capacidade nessa prática: precisamos fazer uma avaliação para confirmar se atingimos os objetivos de controle do processo. Aliás, podemos utilizar o modelo que existe em cada processo para obter o nível de maturidade do processo.
A avaliação de capacidade no COBIT 5
No COBIT 5, a avaliação de capacidade possui 6 níveis, em uma escala de 0 a 5, diferentes em nome e significado (para quem conhece os níveis de maturidade do COBIT 4.1).
Precisamos avaliar cada nível de capacidade que conta com um conjunto de atributos de processo para se alcançar o nível em questão.
Veja quais são esses níveis abaixo:
- Nível 0 – Processo Incompleto: é quando não implementamos o processo ou não atingimos o seu objetivo,
- Nível 1 – Processo Executado: ele está implementado e atingiu seu objetivo,
- Nível 2 – Processo Gerenciado: implementamos o processo realizado anteriormente de maneira gerenciada (planejada, monitorada e ajustada). Seus produtos de trabalho estão perfeitamente definidos, controlados e mantidos,
- Nível 3 – Processo Estabelecido: é quando implementamos um processo definido capaz de alcançar seus resultados,
- Nível 4 – Processo Previsível: ele opera dentro dos limites estabelecidos para alcançar os resultados,
- Nível 5 – Processo Otimizado: melhoramos o processo de forma contínua para atingir os objetivos corporativos.
Enfim, em termos de ponto de vista da estrutura das informações, o COBIT 5 está bem mais interessante, com uma evolução na facilidade de entendimento dos assuntos no framework.
A leitura do COBIT 5 se apresenta mais leve e com tópicos mais direcionados, claros e objetivos.
O maior foco nos habilitadores também chama a atenção, pois são fatores que individualmente ou coletivamente influenciam o funcionamento da governança e da gestão.
Ou seja, é uma ferramenta importante para apoiar a camada estratégica de sua organização, independentemente se ela for do setor público ou setor privado.
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