7 dicas para criar um plano de segurança cibernética

10 de agosto de 2021
Adriano Martins Antonio

Em um dos artigos postados neste site, expliquei a importância de conhecer a que tipos de ameaças cibernéticas você está se expondo todos os dias. Por isso, é fundamental ter um bom plano de segurança cibernética guardado na manga.

Os riscos para a infraestrutura de TI de qualquer empresa são inúmeros, e gerenciá-los nem sempre é fácil. Para empresas de pequeno porte, isso pode soar ainda mais difícil, por limites estruturais e orçamentários. De qualquer forma, não há desculpa: precisamos estar prontos para a guerra cibernética.

Para se ter uma ideia, segundo informação disponibilizada por Marcello Zillo, National Security Officer da Microsoft em entrevista ao The Walking Tech – podcast no qual sou host – são mais de 8 trilhões de ataques diários sinalizados pela gigante da tecnologia, que tem direcionamento para diversos ambientes.

Então, não tem para onde correr! É preciso investir em cibersegurança, e esse investimento pode ser direcionado também na criação de um bom plano de segurança cibernética. 

Nesse texto, dou 7 dicas para a criação desse plano!

O que é um plano de segurança cibernética?

Um plano de segurança cibernética pode ser definido como um documento que contém informações sobre todas as políticas, procedimentos e contramedidas de segurança que uma empresa adota. 

O seu objetivo é garantir a integridade das operações e a segurança dos ativos da empresa.

Muitas das vulnerabilidades que uma empresa oferece na parte de segurança são originadas pela ignorância de alguns funcionários em relação às melhores práticas de segurança cibernética quando realizam uma tarefa. E é por isso que você precisa criar um plano de segurança cibernética!

Um plano do tipo é crucial para proteger clientes, funcionários e informações corporativas. Definindo o estado atual e o futuro de seu espaço de segurança cibernética, você consegue reposicionar a sua empresa da melhor forma para que ela tenha boas práticas nesse sentido. 

Outro benefício de um plano de segurança é permitir que sua equipe de TI tenha uma comunicação mais eficiente, promovendo uma estrutura de segurança cibernética muito mais sólida.

Por que ter um plano de segurança cibernética?

Existem diversas e importantes razões para construir um bom plano de segurança cibernética.

Caso sua empresa sofra algum ataque, cada segundo conta, e você precisa reagir rápido para que o estrago não seja grande. Um plano de segurança cibernética pode oferecer respostas que reduzam os danos ocasionados nessas situações. Quanto mais cedo detectar essas violações, mais fácil será lidar com ele e proteger seus dados.

Além disso, um bom plano de segurança cibernética protegerá a imagem da organização perante funcionários, clientes e partes interessadas. 

Por fim, um plano de segurança cibernética não apenas proporciona uma diretriz sobre o que fazer em caso de violações, mas também é uma maneira de prevenir que esses casos aconteçam.

É importante saber que a cibersegurança não atua só quando um ataque acontece, mas que é um processo contínuo.

Dito isso, vamos aos 10 passos que você precisa seguir para construir um bom plano de segurança cibernética!

1. Avalie o estado atual do ambiente de segurança cibernética

Por mais que pareça óbvio, é preciso revisar as políticas que já estão em vigor antes de implementar um plano de segurança cibernética.

Avalie as estratégias de segurança, sua eficácia e as razões pelas quais elas precisam ser ajustadas. 

Depois de revisar as estratégias de segurança, é hora de analisar o estado atual do ambiente de segurança cibernética.

Use registros de riscos, ameaças, cronogramas e outros indicadores que podem ajudá-lo a definir marcos, rastrear seu progresso e manter registros precisos.

2. Abuse do gerenciamento e monitoramento de rede

O gerenciamento e monitoramento de rede ajuda a detectar componentes lentos, com falhas ou desatualizados, que podem colocar em risco o seu sistema.

Uma rede deve ser capaz de coletar, processar e apresentar dados com informações sendo analisadas sobre o estado atual e desempenho dos dispositivos.

Se um sistema de detecção suspeitar de uma violação potencial, ele pode enviar um alerta por e-mail com base no tipo de atividade que identificou. 

Um software antivírus pode monitorar o tráfego e detectar sinais suspeitos. Essas ferramentas procuram padrões específicos, como sequências de bytes no tráfego de rede ou várias tentativas de login.

Lembrando que já temos diversas opções de produtos para monitoramento de rede, como o Microsoft System Center Operations Manager (SCOM).

3. Crie uma cultura de segurança que seja dinâmica e funcione na prática

Não adianta elaborar um plano de segurança cibernética se ele não está difundido nas práticas do dia a dia de todos os envolvidos da empresa.

É essencial que os C-Levels incorporem essa cultura, garantindo que todos estejam bem informados sobre o que de fato é seguro.

Disponibilizar treinamento para funcionários, organizar sessões de atualização e enviar e-mails regulares com informações e lembretes.

É preciso frisar que a segurança é responsabilidade de todos, e apenas um descuido pode ser fatal, em termos econômicos e de reputação para a empresa. Violações de dados nunca é algo aceitável!

Conscientização, então, é fundamental!

4. Defina medidas e controles de segurança

Se você já sabe quais riscos e vulnerabilidades a sua empresa se expõe, é hora de buscar as melhores soluções.

É preciso saber como prevenir, detectar e responder a esses ataques.

Um plano de segurança cibernética deve explicar o que fazer, quem contatar e como evitar com que esse ataque aconteça no futuro.

Apoie-se em regulamentações como a LGPD, que oferece boas diretrizes para a proteção de dados, mas é importante ir além delas para manter os dados de funcionários, clientes e usuários protegidos.

Garanta a segurança em todos os níveis e departamentos da empresa. 

Você também pode criar um mapa de dados que pode ajudar a localizar onde e como os arquivos são armazenados, quem tem acesso a eles e por quanto tempo eles precisam ser mantidos. 

Em um mundo onde o home office cada vez mais se torna um padrão, definir essas medidas e controles é um diferencial para se proteger de verdade contra ataques cibernéticos. E, em qualquer caso, a higiene da segurança cibernética e uma política abrangente contra a violação de dados são obrigatórios para todos os componentes da empresa.

5. Tenha em mente que o plano é resultado da colaboração de todos

O plano não é apenas uma responsabilidade do CIO. Pelo contrário: os riscos cibernéticos habitam em várias atividades operacionais, e por isso, todos precisam dar sugestões e oferecer ideias. 

Funcionários de nível júnior e até mesmo clientes podem notar algo que não passou pelos olhos de um CIO.

O ideal é construir uma equipe unida para apoiar esse plano, implementando as mudanças de segurança que você quer ver na sua empresa.

Eu tenho uma longa experiência com gestão de projetos, e posso garantir que um projeto que envolve a implementação de um plano de segurança cibernética só terá sucesso com trabalho em equipe, onde colaboração e comunicação são fatores-chave!

6. Revise o seu orçamento

Apesar do plano de segurança cibernética ser uma necessidade para todas as empresas (incluindo as de médio porte), apenas a elaboração do plano nem sempre vai ser suficiente. É preciso rever a verba que está sendo direcionada para essa área.

Da mesma forma, investir pesado em segurança cibernética também não garante que o seu plano seja eficiente.

Aliás, é preciso dar atenção a essa área. Lembrando novamente da entrevista com Marcello Zillo, ele revelou que um estudo da Microsoft apontou que quase metade das empresas investem de 0% a 5% em segurança cibernética. É muito pouco, especialmente para um setor tão delicado.

Enfim, priorize os seus gastos. Para empresas menores, é preciso investir no essencial, como antivírus e firewalls. Investir em conhecimento e habilidades é muito mais importante.

7. Ser transparente é fundamental

Por fim, ter transparência é outro fator crucial no plano de segurança cibernética, pois ajuda a construir confiança entre seus pares e partes interessadas.

Colaborar com acionistas, CISOs, CIOs e executivos ajuda a estabelecer um plano seguro e, ao mesmo tempo, atender aos padrões de segurança da empresa como um todo.

Além disso, ser transparente é uma característica que deve ser cultivada para lidar com incidentes. Manter essa transparência faz com que a confiança em sua organização se mantenha.

Então é isso! Acredito que essas 7 dicas podem oferecer um bom norte para que sua empresa construa um bom plano de segurança cibernética e esteja preparada para essa nova realidade!

Se ficou com alguma dúvida, deixe nos comentários. E claro, não deixe de compartilhar com os amiguinhos! 😉

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